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Técnicas De Reprodução Assistida

Conheça as Técnicas de Reprodução Assistida

Você já ouviu falar de Louise Brown? Essa inglesa de 41 anos, que vive na cidade de Bristol, na Inglaterra, é conhecida por ter sido o primeiro “bebê de proveta” do mundo. Gerada por meio de uma FIV (fertilização in vitro), ela foi o primeiro caso bem-sucedido da técnica depois de nove anos de tentativas sem êxito no meio científico. Hoje, as técnicas de reprodução assistida, como a FIV, permitem a casais de todo o mundo  realizarem o sonho de ter filhos biológicos.

A partir do nascimento de Louise, em 1978, os avanços na área não pararam mais. Em 1992, começou a ser rapidamente difundida a técnica da injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), quando um espermatozoide é injetado diretamente no óvulo. Hoje as possibilidades para quem recorre à reprodução assistida incluem testes genéticos, procedimentos para coleta de espermatozoides, criopreservação de gametas e embriões, entre muitas outras.

No início, as técnicas de reprodução assistida eram indicadas somente em situações bastante específicas, como obstruções nas trompas. Hoje, com a evolução científica e mudanças culturais e em relação aos padrões éticos relacionados ao tema, essas técnicas podem ser utilizadas em diversos casos, incluindo problemas de infertilidade masculina, infertilidade sem causa aparente (ISCA) e casais homossexuais femininos ou masculinos.

As principais técnicas de reprodução assistida existentes hoje são a FIV, a inseminação artificial ou inseminação intrauterina (IIU) e o coito programado ou relação sexual programada (RSP). Para saber mais sobre cada uma delas, continue a leitura!

FIV (Fertilização in Vitro)

A FIV é a técnica mais complexa no âmbito da reprodução assistida atualmente. Isso porque ela envolve o uso de tecnologias avançadas e profissionais altamente qualificados, para conduzir os processos de manipulação em laboratório dos gametas femininos e masculinos, bem como dos embriões.

Para realizar uma FIV, em um primeiro momento, a mulher faz um tratamento de estimulação ovariana, para produzir mais do que um óvulo em um mesmo ciclo menstrual. Nesse período, a paciente passa por ultrassonografias periódicas, pelas quais o médico acompanha o crescimento dos folículos ovarianos. Quando eles atingem o estágio desejado, é necessário administrar um outro tipo de hormônio, para induzir a ovulação dentro de aproximadamente 36 horas. Os óvulos maduros então são aspirados com uma agulha muito fina, em um procedimento de punção.

O sêmen do parceiro também é colhido, por meio da masturbação ou procedimentos específicos, chamados de recuperação espermática, que permitem a retirada dos espermatozoides diretamente dos testículos ou epidídimos.

A fertilização é feita então em laboratório e os embriões resultantes são mantidos por um período de três a cinco dias em um ambiente de cultivo. Depois desse tempo, é realizada a transferência deles para o útero. Por resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), o número máximo de embriões transferidos por ciclo varia de acordo com a idade da mulher. Cerca de 9 a 12 dias após a transferência já é possível fazer o exame de sangue para confirmar a gravidez.

A FIV é também a técnica de reprodução assistida com melhores taxas de sucesso. Segundo a Sociedade de Tecnologia de Reprodução Assistida dos Estados Unidos (SART), as chances de levar um bebê para casa a cada ciclo hoje passa de 30%.

Inseminação artificial

Chamada no meio médico de inseminação intrauterina (IIU), a inseminação artificial é uma técnica de baixa complexidade. Assim como a FIV, ela começa com a estimulação ovariana, porém mais controlada, de forma a não resultar em mais do que três óvulos maduros, diminuindo assim as chances de gestação múltipla. Já os gametas masculinos (espermatozoides) são colhidos por meio da masturbação.

O esperma passa então por um processo de preparação em laboratório e é inserido no útero, para que a fecundação ocorra no interior do corpo feminino, como em uma gravidez natural. De acordo com um estudo feito na Alemanha, as taxas de gravidez na IIU podem chegar perto de 20% em pacientes mais jovens.

Coito programado

Também chamada de relação sexual programada (RSP), essa técnica é a mais simples das três, pois não há processos feitos em laboratório. Ela pode ou não ser realizada com a estimulação ovariana e indução da ovulação, a depender da regularidade dos ciclos menstruais da mulher e da avaliação médica. O crescimento dos folículos é então acompanhado por ultrassonografias e o casal é orientado a ter relações sexuais no momento mais propício para conseguir a gravidez.

A RSP costuma ser indicada quando a mulher é jovem e tem reserva ovariana e sistema reprodutor de maneira geral em bom estado, como em casos de distúrbios ovulatórios e infertilidade sem causa aparente. Estudos sugerem que as taxas de sucesso do coito programado variem de 14% a 23%.

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